Eu, a Ayahuasca e uma experiência interna

Há um tempo atrás namorei um rapaz que fazia parte de uma religião que até então eu nunca tinha ouvido falar, União do Vegetal (UDV).

Sempre me interessei por religiões, seitas, crenças ou qualquer coisa que levasse ao autoconhecimento, que tivesse em primeiro plano o amor e a caridade. E, de uns 3 anos pra cá, que tenha como princípio básico o bem estar dos animais.

Desde que ele comentou comigo sobre tal religião, ficamos de marcar um dia pra que eu pudesse “beber o vegetal”, só que nunca conseguimos por morarmos longe e nunca “casar” com as cerimônias de iniciação ou as cerimônias para quem bebe o Vegetal pela primeira vez. Sim, você precisa ser convidado e  precisa ter a permissão do “mestre” que vai regir a reunião naquele dia para poder comungar o Vegetal. Assim funciona.

Depois de anos de ouvir e pesquisar sobre a UDV, surgiu a oportunidade de participar de uma sessão de iniciação e fui.

  • A UDV, como religião
é uma doutrina de cunho cristão que mescla elementos do espiritismo e de outras religiões. O objetivo da União do Vegetal é livrar a humanidade da ilusão, ensinando o homem a se conduzir sobre a Terra.
Surgiu na antiguidade, quando Caiano, discípulo e assistente do Rei Salomão, teria recebido uma ‘mensagem divina’ de que o segredo da vida está na natureza e nos vegetais (consegui me identificar muito).  Após esta revelação, o mensageiro teria reencarnado em diversas vidas para restaurar a união dos homens através do vegetal. Os adeptos acreditam que, neste século, Caiano voltou no corpo do baiano José Gabriel da Costa.
José Gabriel nasceu em 1922 no município de Coração de Maria, na Bahia. Com 40 anos, se mudou para Porto Velho, Rondônia, com o objetivo de trabalhar como seringueiro na Floresta Amazônica, onde encontrou o chá, Ayahuasca, também conhecido por ‘Vegetal’. Ao tomar o chá, começou a se recordar de suas vidas passadas e examinou durante três anos as revelações.  A partir de 1961, divulgou a religião, nomeou-se como mestre e começou a doutrinar pessoas e distribuir o chá.
Para evitar conflitos com a população, a organização apenas concede a autorização para frequentar o centro aos interessados caso sejam convidados por um dos membros e aprovados por um dos mestres da religião após entrevista particular.

Para participar do ritual, todos devem beber um copo inteiro contendo o chá de Ayahuasca.

Mestre Gabriel – Foto reprodução internet

Foto reprodução internet

 

Uma sessão funciona mais ou menos assim, todos fardados e sentados. No nosso caso, foram menos pessoas por ser uma sessão de última hora e de iniciação e ao som de muita música da natureza, de Deus, perdão, etc, etc.

  •  O Vegetal ou Ayahuasca (vinho da alma ou pequena morte em quéchua)
Mariri / Chacrona/ O chá – Foto reprodução internet
É também conhecida por Yagé, Caapi, Nixi Honi Xuma, Oasca,Vegetal, Santo Daime, Kahi, Natema, Pindé, Dápa, Mihi, etc.
É resultado da infusão de duas plantas: um cipó, o Mariri e as folhas de um arbusto, a Chacrona, utilizado há muitos séculos pelas comunidades amazônicas e povos andinos em rituais religiosos e de cura.
“O vegetal deve ser preparado por um mestre pois acredita-se que sem o mestre não há cobrança, e sem cobrança não há verdadeiramente evolução, mas sim uma viagem do ego.  Nesse sentido, beber o chá por conta própria, além de ser uma experiência ineficaz, é também uma aventura leviana e perigosa, que pode ter conseqüências nocivas”. Não pode ser vendido e deve ser usada apenas, em rituais religiosos ou de cura, como instrumento poderoso para o autoconhecimento e a regeneração espiritual. E isso ocorre através de um processo contínuo de reconhecimento dos próprios erros e de auto-superação. “Com a Oaska o homem se recorda das verdades existenciais que estão gravadas dentro de si e de sua aliança com o sagrado, e essas revelações o estimulam a realizar todas as transformações necessárias para evoluir espiritualmente”.
  • Minha experiência interna
Foto reprodução internet
Era uma noite de sexta-feira e como toda reunião da UDV precisávamos viajar para um lugar distante onde o contato com a natureza fosse pleno. Após a permissão do mestre viajamos durante 2h (com engarrafamento) até Maricá onde funciona uma das sedes da União do Vegetal no estado do Rio de Janeiro.
Chegando lá, realmente bem afastado de qualquer barulho de civilização esperamos dar o horário marcado para a iniciação da reunião, 21h marcada pelo mestre.
Descobri que aquela cerimônia havia sido marcada de emergência para um senhor (que também tomaria pela primeira vez) que estava passando por problemas pessoais muito forte e o mestre acabou atendendo eu e minha amiga já que nós não precisávamos de atenção especial 😉 .
O lugar era um sítio e só dava para ouvir o barulho do vento, dos animais e da respiração das pessoas. Notei que numa “quadra” haviam cadeiras a frente e outras cadeiras na frente dessas cadeiras principais.
Quando começou a sessão descobri que àquelas cadeiras a frente eram a dos mestres e as da frente delas eram as dos discípulos. Nós ficamos nas três primeiras cadeiras, pois a cerimônia era para nossa iniciação.
Antes de “beber o vegetal” eles explicam como você deve proceder durante e como fazer as perguntas e falar no momento da “burracheira”. Pergunta se bebemos ou estamos sob efeito de alguma droga ou tomamos algum remédio tarja preta. Terminado isso, ele começa a distribuição do chá. Em fila, nós fomos os últimos a recebê-lo.
Sempre ouvi dizer que era horrível e amargo, confesso que eu achei o gosto super suportável, meio gosto de terra mesmo, de raiz. Todos recebem e voltam para seus lugares, não há uma regra para quantidade do “Vegetal” a ser tomada, ele fala algo e todos bebem o chá, sentamos logo em seguida.
A partir daí é feita a leitura de uns boletins, como se fossem o “livro base” ou talvez seja isso mesmo, da UDV. Ao fim da leitura, o mestre em forma de canto, faz as chamadas de abertura. É onde começa o efeito da burracheira.
Incrível o poder que o chá tem de trazer  à tona coisas que você sabe mais não quer enxergar. Proporciona um estado de consciência alterada que te leva a percepção do indivíduo espiritual, do eu, dos medos, das suas vidas, das suas crenças e da sua missão neste plano.
Todos os sentidos ficam aguçado, você percebe o imperceptível, você vai a um plano fora do seu eixo.
Eu, não vomitei. Dizem que as pessoas que vomitam estão limpando as coisas ruins de dentro de si. Passei 4 horas sentada olhando e escutando a natureza, vivenciando uma sensação de paz interior e lembranças e sensações de inquietude e auto-busca. Músicas que me afloravam as palpitações e desencadeavam histórias que estavam adormecidas dentro de mim. Como se abrissem as portas do meu coração.
A experiência do chá é incrível, tomaria novamente, novamente e novamente. Mas, cada pessoa tem uma reação, cada pessoa tem uma “viagem”, cada pessoa reage conforme seu estado de espírito do momento. Se há algum conflito, ele poderá ser resolvido. Vai depender de COMO você vai lidar com isso.
Pra mim este trecho de um documento de pesquisa que fiz, descreve exatamente o que penso sobre o chá:  “durante o tempo em que essa força se manifesta, o discípulo experimenta grande clareza e discernimento e recebe ensinamentos sobre a própria existência. Dada a profundidade e a intensidade das revelações que a Oaska proporciona, a burracheira nem sempre é uma experiência fácil, embora seja sempre benéfica e purificadora.
    Durante esses momentos, é imprescindível a presença do Mestre que é consciente espiritualmente, ou seja, recordado de sua missão e de sua ligação com a obra, capaz de viver em sintonia permanente com a Força Superior.
    Seguindo pela União do Vegetal, o discípulo compreende que o caminho da iluminação consiste em perder, e não em obter: perder o ego, a ignorância, as ilusões, desfazer-se da casca, voltar a ser um. Assim, acaba o jogo do “parecer ser” e começa a conquista do ser, único caminho a proporcionar equilíbrio, beleza e brilho ao espírito humano.  
    Segundo MESTRE Gabriel, recriador da União do Vegetal neste século, a experiência de beber esse misterioso chá é tão significativa que todos deveriam vivê-la ao menos uma vez na vida, dado o seu poder de trazer à tona as verdades existenciais que estão gravadas dentro de cada um”.
Mas como religião, formada por homens, deixou muito a desejar. Apesar de pregar coisas lindas e das quais compartilho. Porém, notei que naquela sede, ou talvez naquela sessão, existiam pessoas muito densas. Aquela questão de “mestre posso fazer uma pergunta”  (você podia fazer uma pergunta no meio da burracheira, mas só se o mestre permitisse e para isso você deveria perguntar-lhe antes de manifestar-se) me deixava em um estado intragável de regras de pessoas que eu não tinha como mestre e que eram muito densas para servirem como exemplo de alguma coisa PARA MIM.
Perguntei-lhe como a União do Vegetal via ou entendia a questão dos animais na terra. A resposta que obtive não foi coerente a mim. No entanto, como ser humano em aprendizado entendi que isso é uma questão de evolução espiritual e que cada um tem seu tempo e aceitei com tamanha tristeza pois pensei que tinha encontrado uma religião para chamar de minha. Não foi dessa vez.
Passada 4 horas de burracheira (nome dado ao efeito do chá no espírito humano e significa “força estranha”) iniciam-se as chamadas de encerramento, também em forma de cânticos e permissões e por incrível que pareça a sensação da burracheira sumiu na mesma hora que as chamadas encerram a sessão.
E para encerrar este post, deixo aqui uma mensagem que costumo levar pra vida: “não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais.”  (Abraham Lincoln).
E que fique claro, a experiência com o Vegetal é válida e acho que todo pessoa deveria ter.
“A Ayahuasca é para todo mundo, mas nem todo mundo é para a Ayahuasca”
(Padrinho Sebastião, que é do Santo Daime)
  • OBS.: existem várias religiões que têm como base “beber o vegetal”, mas que têm filosofias, regras e dogmas diferentes. Este post trata da MINHA experiência com a Ayahuasca e a UNIÃO DO VEGETAL.
Luz Paz e Amor a todos.
FONTES DE PESQUISA:

23 comentários Adicione o seu

  1. Pedro disse:

    Muito legal. Era isso que eu queria que vc entendesse 😉

    Curtir

  2. Teresa disse:

    Essa é apenas uma parte da “caminhada”, outras existiram sim, mas nenhuma delas será “para sempre”, ou será um lugar a ser encontrado, como vc espera!!! Esse “Caminho de Busca Espiritual”, é solitário e ao mesmo tempo em UNIÃO com todo o SER vivo!!!
    Percebe isso???

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      Não só percebo como sinto Té!!! 😀 Muito feliz por estar vivendo tudo isso e ter você como guia.

      Curtir

  3. Belissimo post, ja tentou fazer um ritual com ayahuasca, mais xamanico? com musicas indigenas, ate mesmo com musicas orientais, hare krishna, costumamos montar selecoes de musicas com um pouco de cada religiao, musicas de tds os generos, meditativas, musicas para bailar, belissimos hinarios, recomendo, a força dos indios, dos xamas, da umbanda, linha oriental, sao belissimas. http://www.youtube.com/user/recantodeluz1 da uma olhada nesse canal, tem varias musicas bacanas que da pra fazer trabalhos com ayahuasca. Grande abraço

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      Obrigada Felipe. Não. Na verdade, essa foi a minha primeira vez com o chá. Nesse dia ouvimos músicas indígenas também e sem dúvida aguçava ainda mais os efeitos. Mas, legal o link que você me passou, já estou ouvindo 😉 .

      Onde posso encontrar esses grupos aqui no Rio, se é que existe?

      Forte abraço.

      Curtir

  4. Eduardo Parra disse:

    Bom dia, como sou espiritualista desde minha infância meu primeiro contato com a ayahuasca em ritos xamanicos foi bem significativo p mim tb….descrito aqui:
    http://eduardoparra.maat-order.org/ayahuasca.htm

    http://eduardoparra.maat-order.org/EGO2.htm

    abraços fraternos

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      legal Eduardo. Vou dar uma olhada. 😉

      grande abraço de luz

      Curtir

  5. etienne blanchard disse:

    oi eu já tive várias experiências ótimas com ayahuasca e gostaria de frequentar a udv de maricá . vc pode me indicar o endereço etc como participar ? morando em cabo frio , seria o lugar mais indicado para mim. abçs e parabéns pelo lindo post.

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      Oi Etiene, tudo bem? na verdade não tenho muitas informações. A sessão que eu fui, foi especial e uma amiga que frequenta a UDV que me levou. Pelo que entendi, você tem que ir conhecendo alguém.

      Se eu descobrir alguma outra informação te falo 😉

      obrigada!! continue acompanhando 😉

      abraços

      Curtir

  6. Olá,
    Vi que você colocou o link ‘uniaodovegetal.org.br’ .
    Mas essa ‘União’ é uma dissidência, um discípulo que não aceitava certas condições da verdadeira União e criou a que ele julgava ‘correta’, se auto denominando ‘mestre’.
    Enfim, não se encontra nesse site citado os verdadeiros fundamentos da União original.
    Que isto fique bem esclarecido.
    O site da verdadeira União é o http://www.udv.org.br .
    Quanto a sua experiência fico feliz com suas percepções!
    Não sei o que o mestre do núcleo lhe disse sobre os animais… rsrs.. ou o que ele poderia lhe dizer naquela sessão, naquele momento (nem tudo é contado sobre um tema), mas a União é uma religião respeitadora da natureza.
    Indico que retorne mais vezes, conheça outros núcleos, outros mestres e espero que tenha uma percepção melhor na próxima.
    Como todo conhecimento, é preciso mais profundidade no exame para que se compreenda melhor as coisas.
    Como dizia (diz) o mestre Gabriel: “Não acredite em mim. Examine por si mesmo para ver se estou certo.”
    Um verdadeiro exame leva tempo.
    Luz, Paz e Amor.
    Carlos

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      exatamente Carlos. gratidao. descobri q a minha religiao sou eu e ninguen mais. afinal todas elas sao compostas por seres humanos o ente humano foi esquecido. eh o q percebo. tive algumas outras experiencias com a fudao, mas num ambiente mais livre, sem dogmas e crencas. foi lindo.
      bjo no coracao e luz

      Curtir

    2. Natália disse:

      Carlos, vc sabe me orientar como faço para participar de uma sessão? Sou do Rio de Janeiro, se pude me responda pelo meu e-mail nataliasampaio.adv@hotmail.com

      Curtir

  7. Luci Pessoa disse:

    Uma experiência espiritual tão importante como é o encontro com o sagrado jamais poderá se resumir a uma única experiência como a que aqui foi narrada e, quem somos nós para, em uma única visita a uma religião, concluir que aquele dirigente não é uma mestre? A solicitação de licença para falar, antes de ser “regra” denota ordem, respeito e educação por parte da irmandade.

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      Ola Luci…Isso faz muito tempo realmente. Na verdade sigo com a oponiao a respeito da religiao em si. Fiz algumas outras experiencias com alguns xamas no Peru, Bolivia, Argentina que foram realmente intensas e profundas. Qnto a solicitacao de licenca…sigo com a mesma opiniao.
      Gratidao pelo comentario. E desculpe se lhe ofendi, mas foi a minha experiencia como primeira vez e nao por isso invalida a minha percepcao desse momento e da religiao. Enquanto ao mestre, descobri que ele esta dentro de mim e de qualquer ser. entao, certamente ele tb era um mestre.

      Curtir

  8. Rafael Bulhões disse:

    Olá, tudo bem?
    Sou Rafael, e estou na união do vegetal alguns anos, e nesse seu post foi o “único” até agora que falou a real experiência que tem a União do Vegetal, vir que você tratou com respeito e não diflamou como algumas pessoas fazem, fico feliz por você ter tido uma experiência ótima e agradável. Bem sei que cada um tem uma forma de compreender no seu momento de evolução esperitual, também sei que a gente seres humanos, se sentimos bem com tudo aquilo que a gente descide fazer, espero que você esteja buscando a si conhecer e para depois compreender o próximo, mais lhe faço um convite para que um dia você volte a visitar e conhecer melhor a união, si nesse dia chegar (espero que chegue) você vai conhecer que a união do vegetal, tem um real ligação e explicações sobre a natureza material e a divina.
    Abraços, felicidades!!!

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      Gratidao Rafael. Adoraria voltar na União fui muito bem recebida, porem com essa experiencia. Muito pessoal, por sinal.

      Onde vc mora? vou te mandar um email. gratidão de coração.

      Abraços de luz e muito amor.

      Curtir

  9. Mariana disse:

    procure outras seitas relacionadas ao ayahuasca, existem tantas.. e garanto a você que encontrará alguma que ache coerente. muitas delas estão estritamente ligadas a natureza (o que inclui os animais obviamente) e sao formadas por pessoas iluminadas. 🙂

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      flor ja encontrei outras na minha vida. acredito que as medicinas chegam quando a gente tá precisando. Encontrei lindos Shipibos e maestros pelo meu caminho. gratidao😘

      Curtir

  10. Michelle Antunes disse:

    Oi tudo bem? Adorei seu Post!
    Moro em NY e estou de férias no Rio. Tenho pesquisado sobre o Ayahuasca faz alguns meses. Uma amiga de Manaus, que toma o chá desde os 9 anos me incentivou a procurar a União do Vegetal, disse ela que, a seita era a única que oferecia o chá PURO( o Mariri e a Chacrona) sem mistura de tabaco e outras ervas. Quero muito tomar o chá. So achei um lugar aqui no Rio, em Vargem Pequena. Você poderia me informar mais sobre esse lugar? Queria saber Se precisaria ser convidada para poder participar? Gosto muito da parte xamânica também e Queria saber mais sobre as suas experiências. Se você puder me mandar o seu e-mail, adoraria poder trocar algumas idéias com você.
    Super obrigada e muita luz!!!

    Curtir

  11. Nicole disse:

    Ótimo texto, conheci o chá apos um conhecido tomar a 3 meses, mas desde então ele não é o mesmo… Ele mudou, fala de coisas estranhas, fica paralisado, faz coisas e não lembra, diz que ele é uma outra pessoa e que o verdadeiro ainda esta la onde ele tomou o chá (ele não tomou em ritual e sim na festa de réveillon). A uma semana ele pegou o carro de um amigo e saiu, só parou porque a gasolina acabou e quando questionado apenas riu, e disse que estava indo para casa (ele saiu de casa), depois de um tempo começou a chorar e dormiu… Enfim, ele mudou é isso que sabemos e procuro relatos de pessoas que tbm não “voltaram” e não encontro. se alguém tiver algum relato ou conforto agradeço.
    .

    Curtir

    1. lachicavegana disse:

      Amor, eu não conheço ninguém que ficou assim. Esta planta, pra mim, é muito sagrada não é pra ser tomada como água. Ela revela o mais escuro e o mais luminoso de cada pessoa. Então, há de se ter muito cuidado e aprender a respeitá-la.

      xêro e melhoras pra ele.

      Curtir

Deixe um comentário